postado em 29/06/2012 06:12
Em uma cerimônia cheia de boas intenções, representantes da União e dos governos do Distrito Federal e de Goiás ressuscitaram na manhã dessa quinta-feira (28/06) o projeto da construção de uma malha ferroviária no eixo Brasília-Anápolis-Goiânia. O trem de média velocidade, que em anos anteriores chegou a ser batizado de Expresso Pequi, transportaria cargas e passageiros pelo percurso de 209km em cerca de uma hora, metade do tempo médio percorrido atualmente de carro pela duplicada BR-060. A obra está orçada em R$ 700 milhões e, após ser iniciada, poderá ser concluída em quatro anos.
Os dirigentes dos principais órgãos de transportes do país assinaram um protocolo de intenções para elaboração de estudos de viabilidade da linha férrea. A Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), reativada há um ano, assumiu o desafio de, dessa vez, não deixar a ideia morrer. ;Trata-se de um projeto de Estado, não de governo. O trem vai sair: quem viver verá;, disse um entusiasmado titular da Sudeco, Marcelo Dourado.
Quem defende o trem encara os trilhos como indutores do desenvolvimento na região, habitada por cerca de 6,3 milhões de pessoas. ;O mundo inteiro apostou nos trilhos, nós estamos atrasados;, afirmou Dourado. Ao citar pensadores e usar referências bíblicas, o responsável pela sobrevivência do projeto demonstrou saber das dificuldades a serem enfrentadas. ;Vai ser preciso fôlego de maratonista.;