Flávia Maia
postado em 02/07/2012 06:56
O que começou como forma de fidelizar o cliente às companhias áreas transformou-se em comércio paralelo. De olho nas milhas adquiridas pelos 18 milhões de passageiros cadastrados nos dois maiores programas de milhagem do Brasil ; Smiles e Fidelidade TAM ;, sites oferecem dinheiro em troca dos pontos e revendem depois. Basta digitar ;vender milhas; no Google que várias páginas são indicadas. Existe até cotação do valor dos pontos naquele dia e de acordo com o destino. Apesar de comum e da aparência profissional dos sites, a prática é proibida pelos contratos de adesão firmados entre o cliente e as empresas aéreas.A atividade não é ilegal, mas o passageiro que compra ou vende milhas está cometendo infração contratual e pode estar sujeito a ação judicial, se a empresa assim quiser. Além disso, ele está correndo risco ao adquirir um produto burlando um contrato e pode estar dando informações para uma empresa de fachada ou que não existe. Em caso de problemas, esse consumidor terá poucos mecanismos de proteção, porque as milhas compradas não são amparadas legalmente. Por exemplo, a empresa pode questionar quem emitiu o bilhete e até cancelá-lo. Além disso, se houver cancelamento do voo, o passageiro pode ter dificuldades em remarcá-lo.