Cidades

DF inaugura sede de programa com foco no combate ao crack

postado em 02/07/2012 14:29
;Alcançar o dependente químico e promover a mudança de vida por meio da abstinência, capacitação profissional e reinclusão social;. Esses são os objetivos do projeto Cristolândia, nas palavras da coordenadora geral Soraya Machado, que se diz feliz com mais uma conquista: a implantação do projeto no Distrito Federal. Nesta segunda-feira (2/7), às 19h30, a sede Templo Cristolândia, em Ceilândia, Qnp 32/36, recebe culto de abertura para marcar a inauguração do espaço.

Liderado por Soraya e seu marido, o pastor Humbeto Machado, e apoiado por voluntários, o projeto surgiu quando o evangélico errou um trajeto e foi parar nas ruas da cracolândia, na capital de São Paulo. Segundo Humberto, naquele dia, ele recebeu a missão de começar uma luta contra as drogas. Três anos depois, além da nova sede no DF, o programa existe no Rio de Janeiro, Recife, Espírito Santo e, em breve, em Minas Gerais e Rondônia, atendendo a realidade de cidades com grande fluxo de dependentes químicos.



De acordo com o coordenador de pólo local de Brasília, José Roberto de Souza, os objetivos do Cristolândia são alcançados por meio de três etapas, sendo a primeira titulada de desintoxicação, capacitação profissional e re-inclusão social, respectivamente.

Primeira Fase
O primeiro passo é a abordagem. Segundo José, os dependentes são procurados pelas ruas e, após a identificação, busca-se a aproximação pela amizade. Logo é feita a proposta de mudança de vida com o convite de internação, totalmente gratuito. O ;sim; deve ser voluntário.

Após esta etapa a pessoa será levada para a sede e receberá os primeiros cuidados como higiene, banho, alimentação e corte de cabelo, podendo permanecer no local de um a três dias. Depois do atendimento o dependente é encaminhado para a base de recuperação, chamada de Centro de Formação de Vida Cristã, em Águas Lindas (GO). Lá, ele passará pelo processo de desintoxicação da droga, formação espiritual e, por último, identificação de aptidões profissionais, pontapé inicial para a segunda fase do tratamento.

Segunda Fase
O beneficiário é encaminhado para outra base do projeto, no mesmo município, onde será canalizada a sua aptidão profissional por meio de cursos profissionalizantes, ofertados também a partir de um estudo da região, de instrutores capacitados e de parcerias com instituições e empresas da cidade. Segundo o coordenador local, alguns exemplos de cursos básicos são serigrafia, cabeleireiro e construção civil. ;Aproveitamos os que dão duro e vencem, passam de aluno a professor;, acrescenta.

Terceira Fase
Considerada como a etapa mais difícil por José, nesta última fase o objetivo é a socialização e recuperação de laços afetivos e familiares. O ex-dependente químico será levado para um espaço ainda não definido, próximo a Samambaia, onde irá ter as relações pessoais intensificadas, sendo inserido no contexto social do município. Ao longo de todo o processo ele pode receber visitas familiares uma vez por mês. Com nove meses de projeto ele passa a ter o direito de ficar um fim de semana na casa da família e, na reta final, pode visitar os familiares duas vezes na semana.

O projeto Cristolândia sobrevive de ofertas e parcerias com igrejas, associações e instituições. Para o coordenador local do DF, o diferencial do projeto é o cuidado com os dependentes químicos. ;Acreditamos que a ação social não tem capacidade de salvar sozinha. Agimos com e acreditamos na espiritualidade como ferramenta; ressalta.

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