Ana Maria Campos
postado em 06/07/2012 06:28
A divulgação dos contracheques de servidores do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) expõe disparidades que fazem parte da base de reclamações da própria categoria. A folha de pagamento revela diferentes patamares de salários sem que na prática, muitas vezes, haja correspondência das funções exercidas. São comuns os casos de servidores que fizeram concurso para nível médio, mas chefiam colegas com formação superior. ;As distorções são uma realidade no funcionalismo público e existem inúmeros exemplos no Judiciário;, disse o presidente da Associação Nacional dos Analistas do Poder Judiciário e do Ministério Público da União (Anajus), Emídio Prata da Fonseca.Levantamento com base nos dados publicados no site do TJDFT revela que 120 técnicos judiciários ; cujo concurso exige nível médio ; acumulam funções ou cargos comissionados que dobram seus salários, elevando as remunerações para um patamar, às vezes, superior ao do analista judiciário, no qual o curso universitário é obrigatório. Na folha de maio, por exemplo, há um técnico judiciário que atua na segunda instância com salário final de R$ 18.750. A remuneração base dele é de R$ 6.420,57 e a função comissionada é maior do que o vencimento: R$ 6.729,14. O trabalhador ainda é beneficiado com uma vantagem pessoal de R$ 3,7 mil. Enquanto isso, há vários analistas ganhando salários na faixa dos R$ 6 mil.