postado em 17/07/2012 06:41
A pilha de processos parados, a falta de estrutura e o baixo efetivo dos policiais nas delegacias do Entorno revelam os motivos pelos quais os agentes da Polícia Civil de Goiás (PCGO) cruzaram os braços por tempo indeterminado. Desde a última quarta-feira, os 400 profissionais distribuídos em 19 municípios e em 26 unidades nos arredores da capital federal interromperam as quase 13 mil investigações e passaram a registrar apenas ocorrências de crimes graves, como homicídios e estupros. O movimento segue a tendência em Goiás, onde cerca de 3,5 mil servidores estão em greve.
Toda a categoria, entre investigadores, escrivães, peritos, médicos legistas, auxiliares de autópsia e papiloscopistas que atuam no Entorno, aderiram à paralisação. Como o estabelecido em lei, eles cumprem apenas 30% das atividades. Sem os serviços de investigação, por exemplo, cerca de 6 mil inquéritos de homicídios estão parados. Desacreditada, a população deixa de ir às delegacias. Nas quatro unidades visitadas ontem pela reportagem, nos municípios goianos de Luziânia, Jardim Ingá e Valparaíso, cartazes indicavam o movimento grevista.