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Suspeito de estuprar nigeriana não tem imunidade diplomática, diz Itamaraty

O Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, informou à Agência Brasil que o pastor nigeriano não tem imunidade diplomática e pode ser submetido à ação policial como qualquer outro estrangeiro que more em território brasileiro. O pastor nigeriano é suspeito de ter espancado e estuprado uma mulher, também nigeriana, na residência oficial do embaixador da Nigéria, localizada no Lago Sul, bairro nobre da capital federal.

A nigeriana, de 32 anos, morava de favor na casa do embaixador da Nigéria no Brasil, Goodluck Ebele Jonathan, nos últimos meses com a filha. Segundo ela, foi convidada a morar na residência do embaixador pela mulher dele. De acordo com o relato feito por ela à Polícia Civil, o pastor que a agrediu também mora na residência do embaixador com a mulher e filhos.



A nigeriana prestou queixa na 10; Delegacia de Polícia Civil do Distrito Federal no último sábado (14/7) e apresentava sinais de espancamento no rosto. De acordo com o delegado Wisllei Salomão, a nigeriana contou ter sido forçada a ter relações sexuais com o pastor nigeriano por duas ocasiões, em junho.

[SAIBAMAIS]O delegado disse que, inicialmente, o pastor pode ser denunciado por lesão corporal. A pena para esse tipo de crime varia de três meses a um ano de detenção.

Salomão disse que sem imunidade, o acusado será tratado como um denunciado de crime comum submetido às leis brasileiras. A Embaixada da Nigéria no Brasil não se manifestou sobre o caso. O delegado deve tomar ainda nesta terça-feira (17/7) o depoimento do pastor nigeriano. Até amanhã (18/7), o Instituto Médico-Legal (IML) deve divulgar o laudo confirmando se houve estupro, como denunciou a mulher.