A caneta de laser ganhou popularidade nos anos 1990, em salas de aula e palestras, facilitando a vida de professores e alunos. Mas, vendida até em banca de camelô, ela virou item de brincadeira de mau gosto. Passou a ser apontada a prédios e pessoas. Ganhou as arquibancadas das arenas esportivas, atormentando atletas, principalmente os goleiros. Agora, inferniza pilotos de aviões e helicópteros, colocando em risco milhares de vidas. No Brasil, o perigo é mais iminente na capital. O Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek acumula o maior número de ocorrências sobre feixes de luz verde, azul ou vermelha invadindo cabines de comando. São 81 em sete meses. Alguns provocaram a suspensão de pousos e manobras perigosas das aeronaves.
O laser causa cegueira temporária e outros danos à visão dos pilotos (veja quadro). Os raios também podem distraí-los, ao ponto de causar acidentes. Isso ainda não ocorreu no Distrito Federal nem em outro ponto do país. No entanto, aviões já arremeteram durante procedimento de pouso na capital e em outras cidades brasileiras. Em um dos casos ocorridos nos arredores do terminal candango este ano, um piloto avisou imediatamente a torre de controle. O helicóptero da polícia, que no momento sobrevoava o DF, identificou a origem da luz. O autor responde a processo por crime. Ele, como a maioria dos donos que usa a caneta com laser para esse fim, mora em uma casa construída sob a rota de pouso do Aeroporto Juscelino Kubitschek.
Confira a reportagem da TV Brasília:
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