Um corrupião, um pássaro preto e um sabiá-bico-de-osso estavam na casa de Bernardo Costa Souza Filho, 31 anos. Um papa-capim, outro pássaro preto e um coleirinha baiano foram apreendidos na residência de Sandra Lucia Gomes Dutra, 38, moradora da Quadra 18, na mesma cidade. Próximo dali, na Quadra 21, onde Cláudia Borges Jacobina mora, os policiais encontraram dois papagaios, um pássaro preto e outro coleirinha baiano. No mesmo dia, seis canários da terra foram apreendidos da casa de Edinaldo Cambé, 42 anos, morador da QNM 38 de Taguatinga Norte.
[SAIBAMAIS]Os criadores ilegais responderão pelo crime contra fauna, previsto no artigo 29 da lei n; 9.605, de feveiro de 1998. Segundo a norma, é proibido matar, perseguir, caçar, apanhar e utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem devida permissão, licença ou autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A pena é detenção de seis meses a um ano, além de multa. Os acusados do Paranoá foram levados para a 6; Delegacia de Polícia (Paranoá), e Cambé levado para a 17; DP (Taguatinga).
Segundo o sargento Chagas, da Polícia Ambiental, a maioria das apreensões em residências são de pássaros. Ele esclarece que apenas espécies exóticas, como o canário belga e o periquito australiano, podem ser criados em casa. Os pertencentes da fauna brasileira precisam ser comprados por criadores autorizados pelo Ibama. Esses animais chegam registrados e com um anel de identificação aos proprietários, que precisam pagar uma taxa anual de R$ 30, independentemente do número de aves criadas. ;Mesmo assim, encontramos animais com anel de identificação falso. Se o proprietário possuir 10 aves legalizadas, mas duas ilegais, todos os animais são apreendidos, pois ele é conhecedor da lei;, alerta o sargento. Os animais estão no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), onde vão passar por um processo de readaptação para serem devolvidos ao habitat natural.