A Polícia Civil investiga um homem acusado de fraudar processos de aquisição de carteiras de motorista de outras 15 pessoas. Os suspeitos seriam clientes de uma auto escola, que teria um esquema para burlar as provas teóricas e práticas do Detran.
De acordo com a polícia, devem ser ouvidos o dono da empresa e também os possíveis clientes. Segundo o delegado da 2; Delegacia de Polícia (Asa Norte), Rodrigo Pires, Ademir Hernandes Maia, 48 anos, cobrava R$ 500 para realizar os testes.
Durante a realização dos testes, o suspeito se passava por outras pessoas. Com ele, foram encontrados diversos documentos ligados à prática, como de marcação de exames. O fraudador já era monitorado há cerca dois meses e foi preso em flagrante, por volta das 19h30, enquanto realizava a prova teórica com a identidade de um dos ;clientes;. A investigação começou quando funcionários do Detran reconheceram o autor durante o exame médico e alegaram que ele realizava o procedimento com frequência. Logo depois, a Polícia Civil do Distrito Federal foi acionada e iniciou a apuração.
Para o Detran, o homem iniciava o processo com a foto 3x4 dele e, ao longo das atividades, trocava pela do cliente sem que ninguém percebesse, já que os documentos ficam em posse de quem solicita a habilitação. O órgão ainda não tem informações sobre a quantidade de carteiras retiradas pelo acusado.
De acordo com o delegado-chefe da DP, Ademir fazia as provas há cerca de um ano e meio. Ele deve responder por falsidade ideológica e uso de documentos falsos, que podem resultar em 1 a 5 anos de prisão e 2 a 6 anos, respectivamente.