Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que estavam acampados no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade estão fazendo uma marcha por todo o Eixo Monumental e pela Esplanada dos Ministérios e o trânsito deve ficar complicado. Três faixas devem ficar fechadas durante a passagem dos participantes, mas a Polícia Militar garantiu que a medida em que os manifestantes forem passando, as ruas serão liberadas. O Batalhão de Policiamento de Trânsito, responsável pela organização do trânsito durante a marcha, explicou que se não houver imprevistos, a pista da Esplanada não deve ser interditada completamente. A PM aconselha que os motoristas procurem rotas alternativas por conta da lentidão provocada pela interdição. Para quem chega pela Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia), uma opção é pegar o primeiro retorno à direita no Eixo Monumental e entrar atrás do Palácio do Buriti, passando por trás do autódromo e acessar a via N2, que passa por trás dos ministérios para chegar até a Esplanada. Reivindicações A marcha faz parte do Encontro dos Trabalhadores e Trabalhadores e Povos do Campo, das Águas e das Florestas. A idéia é reunir trabalhadores sem-terra, pequenos agricultores, indígenas, pescadores, posseiros e quilombolas. Eles querem um programa comum para a democratização do campo e acesso à educação, assim como uma unidade da luta contra o agronegócio e os agrotóxicos. Essa caminhada celebra os 51 anos do primeiro e único Congresso Camponês que aconteceu em 1961, quando vários movimentos sociais do campo brasileiro se uniram em torno de uma luta comum. O evento é importante para que se defina uma unidade nas lutas dos movimentos sociais do campo, diz a Coordenação Nacional do MST. Trabalhadores reunidos no movimento preparam para hoje (22/8) dois protestos ; um em frente ao Congresso Nacional e outro na Praça dos Três Poderes, em frente ao Palácio do Planalto. Pelos cálculos do movimento e da Polícia Militar, cerca de 5 mil pessoas caminham em direção à Esplanada dos Ministérios, em Brasília. A coordenadora-geral do movimento e vice-presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Agricultura (Contag), Alessandra Lunas, disse que o objetivo é sensibilizar as autoridades e mostrar que há um descontentamento geral no campo em relação às políticas públicas adotadas no país. ;O nosso objetivo é dialogar com o governo e a sociedade, mostrando a nossa unidade, e que há um descontentamento geral;, disse Alessandra Lunas. ;É necessário colocar na agenda política a reforma agrária integral, que inclui a adoção de políticas públicas de sustentabilidade;, acrescentou. Com informações da Agência Brasil