Renato Alves
postado em 28/08/2012 06:04
Para grandes obras, grandes máquinas. No caso do Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, são ao menos 26 guindastes gigantescos. O maior, capaz de içar 600 toneladas a até 125,88m de altura. Operando esses monstrengos, há um batalhão de experientes, muito bem treinados e pagos trabalhadores. Eles detêm os melhores salários entre os quatro mil operários da empreitada. Funcionários de empresas terceirizadas, que alugam os equipamentos por hora, recebem de R$ 5 mil a R$ 15 mil mensais. Mas precisam estudar muito, estar sempre atualizados com a tecnologia empregada na construção civil pesada e ter extrema habilidade e concentração.
Na última reportagem da série sobre a construção do estádio, o Correio mostra que na turma de operadores de guindastes, 40 vieram de São Paulo. Quase todos têm grandes obras no currículo, como a expansão do metrô paulistano. Entre eles, José Ramos Ferreira, 46 anos. Nascido e criado na capital paulista, começou a trabalhar em guindaste aos 15, driblando a fiscalização. ;Agora, são outros tempos. As máquinas são muito modernas e há muitas regras. Não podemos ficar mais de quatro horas em uma cabine de guindaste, por exemplo;, ressalta. No caso desse grupo, uma norma é 10 dias de folga para ficar com a família a cada 60 dias em Brasília, onde divide quartos de uma pousada da W3 Norte.
[VIDEO1]