Flávia Maia
postado em 30/08/2012 06:15
Concentrar empregos na área central é característico de grandes cidades, tanto brasileiras quanto estrangeiras. Em São Paulo, por exemplo, milhares de trabalhadores dirigem-se à Avenida Paulista por causa da quantidade de empresas e instituições financeiras ali instaladas. No Rio de Janeiro, edifícios sede de grandes empresas, como a Petrobras e a Vale, transformam o centro em gerador de postos. Em Brasília, não é diferente. A Esplanada e a área central atraem milhares de pessoas que exercem funções na administração pública, no comércio e no setor de serviços. Mas o destaque fica com a proporção dessa concentração: 47,7% dos postos existentes estão nessa região. No Rio de Janeiro, essa taxa é de 16%.
De acordo com o estudo Trabalho e Moradia do DF, divulgado ontem pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), o Plano Piloto recebe quase 400 mil pessoas diariamente, que vêm de outras regiões administrativas e do Entorno para exercer atividades laborais. O número é o dobro da quantidade de moradores da região administrativa ; 214.529. O inchaço traz problemas recorrentes das grandes metrópoles, como os engarrafamentos, a falta de estacionamento e a saturação de serviços de apoio, como serviços médicos e restaurantes.