Cidades

Mortes no Caje aumentam clima de tensão dentro e fora da unidade

Familiares temem que aconteçam novas tragédias e rebeliões

postado em 10/09/2012 06:31

A morte de três infratores num espaço de 20 dias dentro do antigo Centro de Atendimento Juvenil Especializado (Caje), e sob a guarda do Estado, criou um clima de terror para os familiares dos internos. Eles temem que se repita uma velha rotina, que acontecia nos presídios de adultos ; a chamada ciranda da morte ; nas décadas passadas. Segundo a polícia, os jovens planejam matar um deles por semana para pressionar as autoridades, principalmente o Judiciário e o Ministério Público, a aplicarem penas mais brandas a quem for surpreendido infringindo a lei.

Betânia dos Santos (E), mãe de Ronald, assassinado no sábado dentro do antigo Caje:
Ontem, dia de visitas na Unidade de Internação do Plano Piloto (UIPP), ou Caje, ; realizadas em colchões espalhados pelo pátio da instituição ;, os parentes manifestaram medo com a expectativa de novas tragédias esta semana. ;Achei que meu filho pagaria pelo que fez e sairia de lá recuperado, mas quem deveria resguardá-lo não cuidou direito;, disse o vigilante Ronaldo Rodrigues, 35 anos, pai Ronald Ferreira de Barros, 15, enforcado no sábado, dia de seu aniversário. O desabafo foi feito após o sepultamento do garoto, no Cemitério do Gama. A secretária da Criança, Rejane Pitanga, garante que o lugar será desativado até o fim do ano.

Familiares temem que aconteçam novas tragédias e rebeliões

Confira a reportagem da TV Brasília

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