postado em 13/09/2012 06:34
Uma análise sobre a rotina de gastos públicos em Águas Claras demonstra que, a despeito das necessidades de infraestrutura da região, a prioridade de investimento é para eventos de cifras milionárias e contratados sem licitação, nos moldes dos 250 mil gibis e CDs infantis que custaram R$ 992,5 mil e foram produzidos na editora de um amigo de longa data do gestor da cidade, Manoel Carneiro. Do início do ano até agora, a administração local gastou R$ 3,98 milhões com esse tipo de despesa, mais de duas vezes e meia o que aplicou em obras de urbanização: R$ 1,44 milhão.As notas de empenho a fornecedores comprovam que boa parte do dinheiro empregado em eventos foi gasto sem licitação, procedimento que estimula a concorrência entre empresas, diminui a chance de direcionamentos, desvios e superfaturamento. Mas o histórico de contratações pela Administração de Águas Claras revela que a medida não é praxe. Por exemplo, em junho deste ano, há três pagamentos previstos para a produção da Superliga Brasil de Motocross nos valores de
R$ 200 mil, R$ 297 mil e R$ 300 mil. Ao todo, praticamente R$ 800 mil. O crédito é em favor da empresa de Carlos Alberto Munhoz Romagnolli Cia Ltda. E o modelo igual ao dos gibis, com inexigibilidade de licitação. Em bom português: Sem concorrência pública.