postado em 26/09/2012 18:47
O bom desempenho da economia do Distrito Federal, que registrou crescimento médio de 2,8% de janeiro a junho deste ano, teve reflexos positivos no mercado de trabalho local. A taxa de desemprego total passou de 12,7% em julho para 12,6% em agosto, de acordo com a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), divulgada nesta quarta-feira (26/7) pela Secretaria de Trabalho.No período avaliado, o número de desempregados passou de 185 mil para 183 mil. O tempo médio de procura por trabalho também teve queda, passando de 44 semanas para 42 semanas. Nos últimos 12 meses, o nível ocupacional no Distrito Federal aumentou em 3,2%, com destaque para o setor de Serviços, que gerou 38 mil novos postos.
;Tivemos um resultado considerado satisfatório, pois a dinâmica positiva da economia no DF ao longo dos últimos meses aumentou a empregabilidade;, afirmou o economista e gerente de Base de Dados da Codeplan, Jusçanio Umbelino de Souza, que ressaltou, ainda, a redução de 4% na taxa de trabalho precário ; instáveis ou temporários, por exemplo.
O estudo é resultado de parceria entre a Secretaria de Trabalho, a Companhia de Planejamento do Distrito Federal e o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Segundo ele, os índices permaneceram estáveis nos últimos 12 meses, a exemplo dos subsetores da construção civil e do comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, que criaram mil empregos cada um.
Apesar do aquecimento da Indústria de Transformação, que registrou crescimento médio de 7,1% de janeiro a junho deste ano, segundo o Índice de Desempenho Econômico, houve redução de 3 mil postos de trabalho nessa área. A administração pública e os setores de defesa e seguridade social permaneceram estáveis, crescendo 1,6%, o que representa 3 mil vagas.
Estabilidade
O principal marco da pesquisa de emprego e desemprego de agosto foi a estabilidade em grande parte dos índices. O total de assalariados, por exemplo, apresentou relativa estabilidade, com crescimento de 0,2%.
Foram registrados comportamentos distintos nos setores de atividade analisados. Ocorreu aumento no contingente de ocupados na Indústria de Transformação (5,0% ou 2 mil postos), no setor de Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (0,9% ou 2 mil postos) e nos subsetores de administração pública, defesa e seguridade social ( 1,6% ou 3 mil). Por outro lado, houve pequena queda no setor de Serviços (-0,6% ou menos 5 mil) e estabilidade na Construção Civil.
Entre agosto de 2011 e agosto de 2012, o total de assalariados aumentou 5%. O assalariamento nos setores privado e público cresceu 6,6% e 1,4%, respectivamente. No primeiro, houve aumento no contingente de assalariados com carteira assinada (7,1%) e sem carteira assinada (4,2%).
Houve redução entre os autônomos (-6,9%) e empregados domésticos (-3,4%). De acordo com o gerente da Codeplan, o crescimento econômico e a criação de oportunidades têm favorecido a migração desses trabalhadores, que buscam postos de trabalho com melhores condições.