postado em 03/10/2012 06:02
Embora sobreviva com um salário mínimo (R$ 622), a dona de casa Vandira Nunes da Silva, 58 anos, moradora de Ceilândia e mãe de um filho portador de deficiência, doa eventualmente a creches das quais não consegue recordar os nomes. Pelo menos R$ 3 são descontados de sua conta telefônica para uma entidade. ;Jogo fora os recibos. Sei que são várias que ligam e insistem para a gente ajudar. Nem sempre tenho dinheiro, mas, dependendo do que eles falam, acabo cedendo;, reconhece.
[SAIBAMAIS]O Ministério Público registrou casos de pessoas que tiveram de mudar números de telefones por conta do assédio das associações. Nessas situações, a recomendação do órgão aos doadores é para que eles se valham de mecanismos de verificação que atestem o regular funcionamento da instituição. ;Há pessoas mais vulneráveis pela pouca ou muita idade;, afirma o promotor Nelson Faraco de Freitas, da Promotoria de Justiça de Tutela das Fundações e Entidades de Interesse Social (PJFEIS). ;Por isso, é importante conhecer o trabalho da instituição, fazer uma averiguação do nome dela nos órgãos de controle, exigir cópia do estatuto da entidade devidamente registrado no cartório de pessoas jurídicas. Claro que isso, às vezes, é difícil para uma pessoa leiga, mas existem mecanismos.;