Cidades

Distrito Federal fica em segundo plano na agenda artística do país

postado em 19/10/2012 07:43
Exposição do artista plástico Antony Gormley estreia na terça-feira, além de inaugurar outro pavilhão no CCBB

Caravaggio não decepcionou em Brasília: reuniu, em apenas nove dias, 15 mil pessoas, vindas de vários cantos da capital federal. Nas três maiores exposições que o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) recebeu em 2012, o público também compareceu em massa: Daquilo que me habita teve163 mil visitantes; Índia, 314 mil; e Galeria Aberta, 424 mil. No ano passado, a maior mostra do Museu Nacional Honestino Guimarães, no Complexo Cultural da República, se revelou Brasiliana Itaú, com 50 mil visitantes em menos de 40 dias.

Em uma cidade com um espaço como o Museu de Arte de Brasília (MAB) desativado e à espera de ser reformado, o CCBB e o Museu Nacional tornam-se insuficientes para a quantidade de informação que a população procura. As filas que se formaram no Palácio do Planalto, por exemplo, não foram uma surpresa para os organizadores da exposição de Michelangelo Caravaggio. ;Não tínhamos a menor dúvida de que seria um sucesso e que Brasília não seria diferente das outras cidades pelas quais passamos;, conta o presidente da Casa Fiat de Cultura, José Eduardo de Lima Pereira, responsável pelas exposições do pintor no Brasil.



O público está insatisfeito, quer mais obras e maior divulgação. A gerente de loja Edilma Marques, 24 anos, vai sempre que pode às exposições da cidade. O problema é que ela só ficou sabendo, ultimamente, da exposição do Caravaggio. Ela só percebeu a exibição de fotografias de Yann Arthus-Bertrand, A Terra vista do céu, em frente ao Museu Nacional, porque tinha ido estudar na Biblioteca Nacional de Brasília. ;A divulgação na cidade não está legal, eu não sabia dessa aqui. Gosto muito, mas acho que aqui podia ter mais;, opina.

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