Cidades

Aumento a servidores do Legislativo também terá impacto nas contas do GDF

postado em 26/10/2012 06:43
Barreto diz que o Executivo não foi avisado da medida: surpresaA notícia do aumento de 8% concedido pelos distritais aos servidores da Câmara Legislativa e do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) pegou a área econômica do governo de surpresa, gerou preocupação com o limite de gastos, além de um mal-estar entre Legislativo e Executivo, que, desde o início do ano, enfrenta desgaste por negar aumentos a várias categorias. Os dois secretários de governo responsáveis pela saúde financeira do DF reprovaram a atitude da Câmara que, segundo dizem, não consultou e nem comunicou ao GDF sobre a decisão de corrigir os salários dos funcionários. O problema, segundo os chefes do Planejamento, Luiz Paulo Barreto, e da Fazenda, Adonias Santiago, é que uma fatia considerável do custo das melhorias concedidas pela Câmara recai sobre a folha de pagamento do governo, que banca os contracheques de aposentados e pensionistas do Legislativo.



Na última terça-feira, os deputados aprovaram o novo plano de cargos e salários da Casa e do TCDF. Ao transformar a proposta em lei, os distritais garantiram a 1,8 mil servidores um reajuste de 8% a partir de maio do ano que vem. No caso do Tribunal de Contas, o pagamento é retroativo. Além disso, foram criadas regras para a carreira que beneficiam especialmente os servidores mais antigos. Uma das medidas é a incorporação de uma gratificação de permanência. O que foi recebido como presente de Natal antecipado na Câmara, pegou mal para o governo. O secretário de Planejamento, Paulo Barreto, afirma que, embora o poder tenha autonomia, é o GDF que vai arcar com parte das despesas decorrentes do aumento concedido pelos distritais. Em 2011, a folha de pagamento de aposentados e pensionistas do Legislativo somou R$ 86,16 milhões, dos quais 75,2 milhões são referentes apenas ao TCDF, que reúne a maior quantidade de trabalhadores em idade para se aposentar.

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