postado em 30/10/2012 13:14
Algumas testemunhas darão continuidade, nesta terça-feira (30/10), aos depoimentos da tragédia que matou nove pessoas no dia 22 de maio de 2011, com o barco Imagination, no Lago Paranoá. Devem ser ouvidos sobreviventes arrolados pela defesa. Na segunda-feira (29/10) foram ouvidas as testemunhas de acusação, que apresentaram algumas divergências em seus depoimentos.Testemunhas afirmaram ontem que quem fazia o controle da entrada de pessoas eram os organizadores da festa, enquanto outros disseram que esse trabalho era realizado pelo piloto da embarcação. Os depoimentos foram divergentes.
[SAIBAMAIS]Uma das sobreviventes, que precisou fazer uma cirurgia devido a uma hemorragia causada pelo acidente, informou que o comandante estava retirando água de um compartimento na cozinha do barco com uma bomba. Outra pessoa ouvida confirmou essa versão e acrescentou que o marinheiro esclareceu que tratava-se de um pequeno defeito.
De acordo com outra vítima, a dona da festa conferiu os ingressos dos primeiros tripulantes, mas depois de algum tempo as pessoas começaram a entrar sem controle. A testemunha também afirmou que não houve orientação sobre como se comportar em situações de emergência. Segundo ela, houve apenas um aviso para que o número de pessoas no piso superior fosse reduzido, já que estava comprometido.
O marido da organizadora disse que o controle da entrada no barco era feito por um marinheiro. Ele afirmou, ainda, que o barco foi alugado por R$ 1,6 mil e foram vendidos 80 ingressos, no valor de R$ 60 cada. Segundo o depoimento dele, havia 79 nomes na lista de convidados, além de três a sete pessoas que trabalhavam na festa.
De acordo o Ministério Público, havia 115 pessoas na embarcação. A testemunha confirmou ainda que foram feitas modificações no barco, como um puxadinho na parte superior e um blindex que cercava as laterais e a frente da parte inferior.