postado em 01/11/2012 16:16
Os policiais civis decidiram permanecer de braços cruzados até a próxima sexta-feira (9/11), após rápida assembleia na manhã desta quinta-feira (1º/11), em frente à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Segundo o presidente do Sindicato dos Polciais Civis (Sinpol), Ciro de Freitas, a decisão foi tomada em virtude da "má vontade" do governo em negociar um reajuste com os servidores da área de segurança pública. A greve já passa dos 70 dias.
"Sempre tivemos uma relação muito ruim com esse governo, desde o começo dele, em 2011. Sabemos que os recursos estão disponíveis, mas o governo tem má vontade quando o assunto é atender ao nosso pleito", afirmou. Uma nova assembleia deverá ser realizada na próxima quarta-feira (7/11) para decidir os rumos do movimento. A expectativa dos policiais é continuar as tratativas com o governo até essa data.
O secretário de Administração Pública, Wilmar Lacerda, foi procurado pela reportagem para comentar o assunto, mas, por meio da assessoria de imprensa, disse que qualquer reajuste para este ano é inviável. A assessoria informou que três pontos das reivindicações já estão em fase avançada - abertura de 3.029 vagas, aprovada pelo governo federal; redação de minuta que vai virar projeto de lei, transformando agentes penitenciários em policiais civis e a melhoria do plano de saúde subsidiado a partir de janeiro - ainda não há previsão de valores.
Enquanto não voltam ao trabalho, os policiais civis atendem apenas às ocorrências de crimes mais graves, ficando de fora, por exemplo, as ocorrências de furto, lesão corporal e injúria.