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Concurso que escolherá a árvore mais bonita do cerrado entra na reta final

Brasilienses podem aproveitar o fim de semana prolongado para observar as árvores mais bonitas da região e participar do concurso promovido pelo Correio, que dará celulares supermodernos aos vencedores

postado em 02/11/2012 06:02
A palmeira buriti é protegida por decreto ambiental de 1993: folhas produzem fibra usada em artesanato

Contagem regressiva para os últimos cliques. Faltam três dias para o término do prazo de envio das imagens do concurso cultural Árvores do Cerrado, promovido pelo Correio Braziliense em parceria com a operadora Vivo. Quem ainda não posicionou sua câmera tem o feriadão inteiro para capturar a imagem do mais belo exemplar do Distrito Federal e do Entorno.
Até segunda-feira, as fotografias serão recebidas pelo site e passarão por uma pré-seleção. Uma comissão do jornal escolherá as 25 melhores. Em seguida, elas poderão ser votadas ; de 12 a 20 de novembro ; pelos visitantes do portal. E, finalmente, no dia 25, o resultado será divulgado no Correio e na internet.

As três fotografias prediletas do público serão premiadas com um iPhone 4S, de 16GB, para o primeiro lugar; um Samsung Galaxy S para o segundo; e um Nokia Asha 302 para o terceiro. Até ontem, cerca de 350 imagens tinham sido recebidas e divulgadas no portal do Correio.

Os leitores podem enviar apenas uma foto, que deve ser inédita e de 2012. A árvore não precisa ser nativa do cerrado, mas, sim, estar plantada no DF ou no Entorno. Os participantes, contudo, devem ficar atentos para uma série de critérios estabelecidos no regulamento. Um dos requisitos é que as fotografias tenham resolução mínima de 1.024 x 728 e peso-limite de 5 Mb.

Depois de emolduradas, as árvores do cerrado escolhidas pelos participantes do concurso devem ser enviadas para a página oficial. O processo é simples, mas depende de um cadastro prévio. Os leitores que já tiverem registro em algum portal do Grupo Diários Associados, como Correioweb e Correio Braziliense precisam apenas digitar o e-mail e a senha cadastrados, enquanto os demais necessitam preencher alguns dados.

Bioma
A ideia da competição é incentivar um olhar diferenciado sobre as belezas nativas e não nativas, que muitas vezes passam despercebidas no dia a dia da metrópole. A vegetação típica do Centro-Oeste compreende a segunda maior biodiversidade do país, atrás apenas da Amazônia. Estendida por uma área de 2 milhões de quilômetros quadrados, abrange os estados: Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Piauí, além do DF.

O GDF, inclusive, criou uma lei que protege as árvores do bioma. O Decreto n; 14.783, de junho de 1993, definiu que alguns espécimes nativos devem ficar tombados pelo patrimônio ecológico. Árvores como ipê, copaíba, sucupira-branca, pequi, cagaita, buriti, gomeira, pau-doce, aroeira, embiriçu, peroba e jacarandá não podem ser cortadas. Para cada árvore derrubada, é necessário o plantio de 30 mudas.

Exóticas
A Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), responsável pela arborização da cidade, planta cerca de 150 mil mudas por ano no território. Segundo o chefe do Departamento de Parques e Jardins, Rômulo Ervilha, 75% do total introduzido na região anualmente são de espécies nativas do cerrado. Ele pondera contudo, que algumas árvores exóticas ao bioma também estão presentes na vegetação. ;É o caso do mogno, do pau-brasil e do tambuí;, exemplifica.

Recentemente, a companhia fez experiências com o ipê-verde ao introduzi-lo na paisagem do DF e do Entorno. ;Existem pouquíssimos por aí, por isso será difícil fotografá-los;, salienta. Desde o início da década de 1960, a Novacap estima ter semeado 250 espécies diferentes de árvores na cidade.

O abricó também é raro no cenário da capital. O chefe da Divisão de Implantação de Áreas Verdes da Novacap, Raimundo Gomes Cordeiro, assinala, contudo, que esse exemplar não passa despercebido, principalmente na época da floração. ;Tanto as flores, de cor vermelha e branca, quanto os frutos nascem no tronco. É um diferencial dela. É uma espécie não nativa e atinge 15m de altura;, informa. O abricó ocorre na Região Amazônica, mas em Brasília pode ser visto no Lago Sul, entre a QI 5 e a QI 7, como indica o especialista da Novacap.

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