Cidades

Sem polícia, tio apura a morte do sobrinho em Planaltina de Goiás

postado em 04/11/2012 08:14

Roupas, cadernos e até uma garrafa de cachaça. O pedreiro Antônio Carlos Silva, 28 anos, guarda em casa qualquer pista que ajude a esclarecer a morte do sobrinho de 10 anos, em Planaltina de Goiás. ;Não quero fazer o trabalho da polícia, mas tenho esperanças de que, quando acabar a greve, as coisas que guardei ajudem a achar o culpado. Dói demais não ter respostas;, comenta. Pablo Sousa Silva desapareceu no início da tarde da última quarta-feira. Perguntando aos amigos do garoto, o tio encontrou o corpo da criança na manhã seguinte, boiando em um lago do outro lado da cidade. O caso está sem apuração por causa da greve da Polícia Civil goiana, que completa 14 dias hoje.

[SAIBAMAIS]A causa da morte, descrita no exame cadavérico, afasta a possibilidade de uma fatalidade: traumatismo craniano. De acordo com o laudo, três ossos do crânio e o nariz da criança estavam quebrados. Não havia sinal de afogamento ou de outro tipo de violência. ;Ele foi espancado e jogado na água. Quero saber quem faria uma coisa dessas;, cobra o tio. O pedreiro mora com a mãe de Pablo, a cozinheira Josimeire Ramos da Silva. ;O pai dele foi tentar a vida no Pará, atraído pelo minério. Eu me sinto responsável por ele e pela irmã mais nova, de 6 anos;, conta Antônio.

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