postado em 13/11/2012 11:51
O advogado de Vandelino Félix da Silva, 57 anos, informou que só dará entrada em um pedido de habeas corpus na tarde de quarta-feira (14/11), após ter acesso ao processo que designou a prisão temporária do cliente.Vandelino será indiciado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, suspeito de ter matado a mulher dele, Maria Terezinha Alves da Silva, em 1998. A informação foi confirmada pela 11; Delegacia de Polícia (Núcleo Bandeirante).
Preso na manhã desta terça-feira (13/11), o aposentado alegou, segundo a polícia, ter problemas psiquiátricos - disse que irá apresentar laudos que confirmam a versão. O indiciamento, no entanto, é baseado em depoimentos de testemunhas já que o corpo da vítima nunca foi encontrado. Ainda na manhã de hoje, a polícia encontrou uma espingarda enterrada no terreno da casa de Vandelino, em Brazlândia.
Segundo o delegado-adjunto Victor Dan, o homem tem "personalidade de possessão" e será investigado pela 11; DP por tortura contra os filhos; na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) por tortura contra mulheres e na Coordenação de Investigações de Crimes contra a Vida (Corvida) por envolvimento no assassinato do travesti Raimundo Nonato, conhecido como Michele, em 2001.
Confira a reportagem da TV Brasília:
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Denúncias
Na tarde de ontem (12), os filhos do acusado, Marcos Alves Ferreira da Silva, 27 anos, e Vandelino Félix da Silva Filho, 25, registraram um boletim de ocorrência contra o pai sob a alegação de tortura. De acordo com Dan, um dos rapazes descreveu que teve o rosto esfregado em fezes de cachorro. As violências ocorriam quando os meninos moravam com a mãe, Maria Terezinha, e com o genitor.
[SAIBAMAIS]Também pesa contra Vandelino uma acusação de espancamento a uma terceira esposa, ocasião na qual ela teria sofrido um aborto. Além disso, a Corvida reabrirá um inquérito que investigava o envolvimento do aposentado com a morte do travesti Raimundo Nonato. O corpo do rapaz foi encontrado no centro de Brasília. A vítima trabalhou como caseiro para Vandelino e, segundo testemunhas, o patrão teria sido visto discutindo com o homem um dia antes do crime.
Em Brasília, este será o segundo caso de julgamento de uma pessoa cuja investigação não encontrou o cadáver. No Brasil é o quinto caso.