Luiz Calcagno
postado em 14/11/2012 06:02
Após 82 dias de greve, policiais civis trabalham para resolver as pendências nas delegacias do Distrito Federal. Agentes deixaram de preencher 65 mil ocorrências por conta da paralisação. Dessas, aproximadamente 2 mil são registros de acidentes automobilísticos feitos pela internet, mas que não foram homologados nas DPs. Com isso, quem precisava de uma cópia do boletim para apresentar à companhia de seguro e reparar o veículo, por exemplo, teve que esperar o fim do movimento. A reportagem do Correio percorreu três delegacias do DF. Segundo os plantonistas, o serviço voltou ao normal, e o fluxo de pessoas, também. No entanto, a maioria dos que procuraram os estabelecimentos queriam dar queixa de furtos que ficaram em aberto durante a greve.
Na 3; DP (Cruzeiro), o funcionário público Leopoldo Vilar, 72 anos, contou à reportagem um fato ocorrido no fim de agosto. Ele afirmou que estava em um clube, foi drogado e teve cartões de crédito e bens pessoais furtados. Além disso, R$ 9 mil em dinheiro foram sacados da conta bancária. O idoso foi até a delegacia levar um laudo médico para finalmente registrar o fato, dois meses e meio depois. Embora o banco tenha reavido o dinheiro da vítima, ela ainda precisava apresentar a ocorrência ao gerente a fim de finalizar o processo na agência. ;A greve não foi legítima e os prejudicados são os que pagam o serviço público. Consegui cobrir o rombo financeiro na agência porque sou um bom cliente. Agora, finalmente vou resolver o problema;, afirmou Vilar.