Carros a boiar em via pública, garagens inundadas, elevadores danificados e pessoas desesperadas em meio ao rio de lama. Bastou pouco mais de uma hora de chuva na última segunda-feira para tornar parte da Asa Norte intransitável. Para piorar, os transtornos de moradores e trabalhadores da região nobre da capital não devem terminar. Segundo o governo, apenas obras de expansão das galerias de águas pluviais podem acabar com os alagamentos, mas, na melhor das hipóteses, elas seriam concluídas apenas em 2015.
Enquanto os brasilienses contabilizam os prejuízos e temem por novos temporais, o Projeto Águas do DF, que visa à aplicação de R$ 312 milhões na construção de redes de drenagem, se arrasta há quase um ano. A licitação para a escolha das empresas responsáveis pelo programa foi embargada a pedido do Tribunal de Contas do DF no meio do ano. A retomada ocorreu só no último dia 7. Do total de recursos, R$ 172 milhões devem ser destinados à ampliação do sistema de escoamento das asas Sul e Norte. Três bacias devem ser erguidas, na 702, na 510/511 e na 516 Norte, próximo à Embrapa. O secretário de Obras, David José de Matos, admitiu ao Correio que poucas medidas paliativas podem ser adotadas para minimizar os estragos. ;Durante a seca, fizemos um trabalho de prevenção nos pontos onde já sabemos que são críticos. Porém, uma chuva dessa magnitude e concentrada em uma região leva a problemas inevitáveis;, disse.
Confira a reportagem da TV Brasília
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