Cidades

Smartphones roubados são vendidos no DF por até R$ 100

O Correio identifica pelo menos nove locais onde ocorre o repasse de celulares sem nota fiscal, a maioria roubada ou furtada. Em alguns casos, os receptadores anunciam a venda dos aparelhos em redes sociais

Isabela de Oliveira
postado em 23/11/2012 06:03

Flagrante de venda irregular de telefones celulares no centro de Ceilândia, ao lado de posto da Polícia Militar: smartphones arranhados oferecidos pela metade do preço
Às 15h de segunda-feira, no centro de Ceilândia, cerca de 50 pessoas, entre homens e mulheres, negociam produtos sem nota fiscal e provavelmente roubados e furtados. Eles chegam logo no início da manhã, quando os trabalhadores formais ocupam o comércio local, e só vão embora no início da noite. A oferta de celulares, o principal aparelho comercializado na região, ocorre a menos de 100 metros de um posto da Polícia Militar. ;Quem vem aqui procurando um telefone sabe que a procedência é duvidosa;, admitiu um dos ambulantes ao Correio. O comércio clandestino também ocorre em pelo menos nove pontos da capital, como a Rodoviária do Plano Piloto e Taguatinga Centro.

Em Ceilândia, é possível encontrar um smartphone que faz imagens em 3D, vendido a R$ 1,5 mil nas lojas, pela metade do preço. Os equipamentos ficam escondidos e são oferecidos aos clientes sem carregador de bateria ou garantia. Muitos têm arranhões. E os vendedores justificam que são usados. ;Faço trocas. As pessoas trazem os telefones e não perguntamos se é roubado ou não;, diz um dos ambulantes do local. Outro oferece um smartphone de R$ 1,1 mil por R$ 100. ;Você precisa levar agora, não posso guardar. Vim aqui desovar esse telefone rápido para pegar o meu ônibus;, informa. O homem tira o celular do bolso, sem embalagem, e mostra rapidamente. ;É pegar ou largar;, avisa.

O Correio identifica pelo menos nove locais onde ocorre o repasse de celulares sem nota fiscal, a maioria roubada ou furtada. Em alguns casos, os receptadores anunciam a venda dos aparelhos em redes sociais

O Correio identifica pelo menos nove locais onde ocorre o repasse de celulares sem nota fiscal, a maioria roubada ou furtada. Em alguns casos, os receptadores anunciam a venda dos aparelhos em redes sociais

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