O Hospital Planalto, na 914 Sul, foi palco de uma confusão no decorrer da tarde deste sábado (1;/12). O tumulto foi gerado após a morte de Maria das Dores, 93 anos, que estava internada no local. A idosa se encontrava em condições estáveis e ocupava um quarto do Setor de Internação. Com a piora do quadro, necessitou dos cuidados da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Segundo os familiares, Maria acabou falecendo, pois a unidade estava fechada. A falta de funcionamento, ainda segundo os parentes da vítima, era por ausência de pessoal. Sem pagamento, a equipe médica teria se recusado a prestar o plantão, forçando o fechamento da UTI.
Uma transferência para outro hospital foi providenciada, mas diante da demora na chegada da ambulância, Maria das Dores morreu antes de receber socorro. O neto, Marcelo Silva Portilho, mostrou-se chocado com o episódio: ;Minha avó morreu por causa dessa gestão incompetente. Por falta de médicos pagos, ela não pôde ser atendida;. Transtornado, Marcelo tentava consolar a mãe e os demais familiares: ;Momento de apoio agora. Mas, vamos atrás das medidas judiciais cabíveis. Queremos evitar que outras pessoas passem por isso;, desabafou.
Agressão
Assim que a notícia da morte de Maria das Dores foi anunciada, um tumulto tomou conta da recepção do hospital. Incrédulos com a informação, os familiares se mostraram revoltados. Começaram a questionar os funcionários sobre o episódio. Tentavam entender o ocorrido. Em um momento de nervosismo, Sueleide Chagas Sampaio, 55 anos, filha de Maria das Dores, teria supostamente agredido duas enfermeiras. Ela nega a agressão.
Abalada com a perda da mãe, admitiu um ímpeto de aflição, mas não teria feito uso de violência: ;Não bati em ninguém;. As enfermeiras, que pediram para não serem identificadas, não quiseram comentar o caso. A polícia acabou sendo chamada ao hospital e levou todos os envolvidos para a Delegacia de Repressão a Pequenas Infrações (DRPI), onde prestaram depoimento e foram liberados.
A supervisora de internação, que respondia pelo hospital no momento de registro do óbito, Célia Alves, informou que a diretoria do Hospital Planalto não vai responder às acusações agora e que o fará em um momento oportuno.