Com oito décadas de vida, o carioca João Filgueiras Lima não para de trabalhar. O arquiteto Lelé, que iniciou a carreira durante a construção da capital, em 1957, segue com projetos inusitados por todo o país, dentro de um pensamento humano e verde para tudo o que desenha. Há dois anos, conseguiu realizar um sonho do criador da Universidade de Brasília: construiu o Memorial Darcy Ribeiro, o Beijódromo. A UnB segue todo o pensamento de Lelé sobre arquitetura sustentável, com um espaço arejado e de boa ventilação, ideal para o convívio humano.
[SAIBAMAIS]Lelé se formou arquiteto no Rio de Janeiro em 1955 e participou, com Oscar Niemeyer e Lucio Costa, da execução do planejamento de Brasília. Buscou sempre inovar na arquitetura e provocou uma revolução no processo de montagem das obras. Propôs o uso de materiais pré-fabricados e argamassa armada na construção, o que mudou a arquitetura na segunda metade do século. Lelé sempre fez o máximo para usar o trabalho manual dos pedreiros na montagem dos projetos, para ;evitar o desemprego;, como afirmou em palestra no 26; Congresso Panamericano de Arquitetos em Maceió, na última terça-feira.
* A jornalista viajou a convite do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB)