postado em 05/12/2012 07:00
Quando Valeriana Alves desceu do avião e foi recepcionada no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, se encantou com o tratamento que recebeu da equipe da Conferência Nacional de Direitos da Pessoa com Deficiência. Pensou que o preparo dos funcionários era um reflexo da estrutura oferecida pela capital do país a qualquer pessoa com deficiência. Em uma questão de horas, a primeira impressão se desfez. A funcionária pública de 46 anos, natural de Mogi das Cruzes, no interior de São Paulo, precisou trocar de hotel para conseguir um quarto adaptado e teve inúmeras dificuldades de locomoção no centro de Brasília.
A convite do Correio, Valeriana esteve em alguns pontos da capital para testar a acessibilidade. Em uma hora, apontou dezenas de obstáculos que podem atrapalhar a mobilidade de cadeirantes e de deficientes visuais, por exemplo. Somente na Quadra 4 do Setor Hoteleiro Sul, próximo do local onde ela está hospedada, há agressões em série. Nem todas as calçadas têm rampas de acesso e as existentes estão em péssimo estado de conservação.