postado em 18/12/2012 13:30
Onze moradores de rua que viviam em uma invasão, em área conhecida como Colina, próxima à Universidade de Brasília (UnB), foram presos nesta terça-feira (18/12) acusados de ocupação de terra pública, crime contra o ordenamento urbano e poluição.
De acordo com o delegado Waldek Fachinelli, a maioria dos moradores foi levada para a 2; Delegacia de Polícia (Asa Norte) durante a manhã, sendo que oito homens e duas mulheres, identificados como proprietários de barracos na região, foram presos.
Fachinelli explicou que a Polícia Civil já havia registrado ocorrências graves na invasão, como homicídio e estupro de uma criança de 10 anos, além de tráfico de drogas. ;O pessoal que tem problema com a lei no Entorno do Distrito Federal (DF) ocupa aquela região, mas a maioria tem moradia em Planaltina de Goiás ou Luziânia;, contou.
Ainda segundo o delegado, peritos constataram poluição no local, em razão do acúmulo de detritos levados pelos moradores de rua. Foi identificado risco de aumento de casos de dengue e circulação de ratos na região. A maioria das pessoas levadas para a delegacia declara ser catadora de latas e de outros materiais.
Em razão da soma dos crimes, nenhum dos 11 presos poderá pagar fiança para deixar a delegacia. Também não há prazo para que o Judiciário analise cada caso e autorize a libertação dos acusados para que possam responder aos crimes em liberdade. De acordo com Fachinelli, a Polícia Civil tentou acionar órgãos do governo do DF para o que chamou de ;retirada administrativa; das pessoas que vivem na invasão, mas não houve resposta.
O defensor público Eduardo Buchepeche acompanhou a prisão dos moradores de rua e disse que vai entrar com um pedido de habeas corpus. Segundo ele, a defensoria acompanha a comunidade que vive na Colina desde julho deste ano e entende que o problema na região é de ordem social, não criminal.
;São pessoas que não têm onde morar e que trabalham com reciclagem;, disse. ;Não é por aí que se trata um problema que existe em todo o país, que é a falta de moradia;, completou. Buchepeche destacou que a Defensoria Pública não foi procurada pela Polícia Civil para tratar do caso.
Uma das pessoas presas na operação de hoje é Luiz Monteiro da Silva, 52 anos. Na semana passada, a equipe de reportagem da Agência Brasil acompanhou a entrega da certidão de nascimento ao morador de rua que, há mais de 22 anos, teve os documentos queimados durante uma abordagem policial. ;Agora, ele vai ter dificuldade para arrumar um emprego por ter passagem pela polícia;, avaliou o defensor público.
De acordo com o delegado Waldek Fachinelli, a maioria dos moradores foi levada para a 2; Delegacia de Polícia (Asa Norte) durante a manhã, sendo que oito homens e duas mulheres, identificados como proprietários de barracos na região, foram presos.
Fachinelli explicou que a Polícia Civil já havia registrado ocorrências graves na invasão, como homicídio e estupro de uma criança de 10 anos, além de tráfico de drogas. ;O pessoal que tem problema com a lei no Entorno do Distrito Federal (DF) ocupa aquela região, mas a maioria tem moradia em Planaltina de Goiás ou Luziânia;, contou.
Ainda segundo o delegado, peritos constataram poluição no local, em razão do acúmulo de detritos levados pelos moradores de rua. Foi identificado risco de aumento de casos de dengue e circulação de ratos na região. A maioria das pessoas levadas para a delegacia declara ser catadora de latas e de outros materiais.
Em razão da soma dos crimes, nenhum dos 11 presos poderá pagar fiança para deixar a delegacia. Também não há prazo para que o Judiciário analise cada caso e autorize a libertação dos acusados para que possam responder aos crimes em liberdade. De acordo com Fachinelli, a Polícia Civil tentou acionar órgãos do governo do DF para o que chamou de ;retirada administrativa; das pessoas que vivem na invasão, mas não houve resposta.
O defensor público Eduardo Buchepeche acompanhou a prisão dos moradores de rua e disse que vai entrar com um pedido de habeas corpus. Segundo ele, a defensoria acompanha a comunidade que vive na Colina desde julho deste ano e entende que o problema na região é de ordem social, não criminal.
;São pessoas que não têm onde morar e que trabalham com reciclagem;, disse. ;Não é por aí que se trata um problema que existe em todo o país, que é a falta de moradia;, completou. Buchepeche destacou que a Defensoria Pública não foi procurada pela Polícia Civil para tratar do caso.
Uma das pessoas presas na operação de hoje é Luiz Monteiro da Silva, 52 anos. Na semana passada, a equipe de reportagem da Agência Brasil acompanhou a entrega da certidão de nascimento ao morador de rua que, há mais de 22 anos, teve os documentos queimados durante uma abordagem policial. ;Agora, ele vai ter dificuldade para arrumar um emprego por ter passagem pela polícia;, avaliou o defensor público.