Foi-se o tempo em que o pedreiro e eletricista Jorge Luís Oliveira Barroso, 40 anos, aceitava o preço que lhe impunham pelos serviços realizado. Hoje, ele é quem dita os valores. ;Não há profissionais no mercado. Por isso, pagam qualquer quantia pelo meu trabalho;, justifica. Além de ser fichado em uma construtora, ele faz alguns bicos. ;Consigo tirar até R$ 1,8 mil por mês, mais que um vendedor. Comida não falta lá em casa;, conta, orgulhoso.
A história de Jorge é comum no Distrito Federal. Embora 159 mil brasilienses ainda estejam desempregados, sobram vagas no mercado de trabalho para quem se qualifica, estuda e tem habilidades. Hoje, 1.847 vagas de emprego que não exigem sequer o ensino fundamental estão ocupadas na capital. O número salta para 478.707 em postos que pedem funcionários com o ensino médio completo. Quem tem o ensino superior ocupa 303.729 postos.