Em nota divulgada nesta manhã de sexta-feira (28/12), o Conselho Distrital de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos (CDPDDH) repudiou a O presidente do conselho Michel Platini considerou a ação como "coercitiva, desumana e desproporcional".
O conselho pediu imediatamente a intervenção do Governo do Distrito Federal e da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
Também foram mandados ofícios para a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda do Distrito Federal (Sedest) para a inclusão das famílias no programa de Auxílio-vulnerabilidade para antes da véspera de Natal.
O conselho chegou a propor também uma audiência convocando as representações da Sedest e da Defensoria Pública, para tratar dos programas habitacionais que incluam os moradores de rua, em vez de incriminá-los.
Ao buscar informações sobre as 11 pessoas presas das 14 famílias que moravam no local, o conselho verificou que nenhum dos detidos tinha antecedentes criminais. Alguns deles estariam em situações desumanas, segundo Platini: "Duas mulheres envolvidas na retirada estavam algemadas em um dos corredores (da 2; Delegacia de Polícia -Asa Norte)".
"Estive também no Centro de Referência Especializada para População em Situação de Rua, o ;Centro pop;, visitando os moradores que foram liberados pela Polícia. Contaram que muitas famílias foram remanejadas para diversas partes do Entorno de Brasília, aleatoriamente, sem qualquer planejamento." revela Platini.
Na nota, o CDPDDH deixa claro que não concorda com as invasões constantes em todo o Distrito Federal, mas que também considera desnecessárias ações exageradas das autoridades para retirar as pessoas das áreas ocupadas.