Para diminuir os transtornos causados pelos constantes apagões registrados no Distrito Federal, a Companhia Energética de Brasília (CEB) vem investindo na recuperação e no aperfeiçoamento do sistema de distribuição de energia. Somente este ano, a verba aplicada no setor soma cerca de R$ 160 milhões. Duas subestações, no Riacho Fundo e no Gama, e uma linha de distribuição (LD), de Samambaia ao Riacho Fundo, já estão em funcionamento. Ontem, uma nova LD foi inaugurada pela companhia, em cerimônia promovida às margens da BR-040, no trevo que liga Brasília, Santa Maria, Marinha e Taguatinga, com a presença do governador em exercício, Tadeu Filippelli. Com 41km de extensão, ela interliga as subestações de Santa Maria e do Mangueiral, em modelo de anel.
Apesar de o novo sistema oferecer uma alternativa em casos de queda de energia, o presidente da CEB, Rubem Fonseca, explica que os apagões não vão acabar. No entanto, ele garante que haverá um retorno da energia mais rápido. ;As novas subestações vão dar flexibilidade para as operações da CEB e maior conforto para a população;, diz. Segundo ele, de janeiro a maio do próximo ano, outras seis subestações e cinco linhas de distribuição serão inauguradas. ;Dessa forma, o sistema capenga e envelhecido começa a ter maior robustez. A partir de maio e junho, a população vai sentir essa robustez;, garante.
As falhas no sistema elétrico acontecem com mais frequência nos períodos chuvosos porque a maior parte da rede é aérea, segundo os técnicos da companhia. Outro problema é a forma de distribuição ; radial. Ou seja, a energia chega às regiões administrativas somente por um ponto. O novo modelo adotado, em forma de anel, vai oferecer duas linhas de transmissão. ;Na falta de uma delas, a energia continua sendo distribuída, o que hoje não acontece;, explica o diretor de Engenharia da CEB, Mauro Martinelli.