A menos de um mês do início do ano letivo das escolas do Distrito Federal, um número inferior a 10% dos pais de alunos enfrentou as filas do comércio para a compra de material escolar, segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório, Papelaria e Livraria do DF (Sindipel). O que os outros 90% não sabem é que quanto mais tempo adiarem para aquisição dos produtos, mais probabilidade terão de serem surpreendidos com um possível reajuste nos preços dos itens. A entidade não confirma se realmente haverá aumento nos valores dos produtos escolares, porém alerta: ;Não temos uma definição. Mas, até a próxima semana, saberemos se haverá alta dos preços dos livros. Em relação aos outros produtos, caso haja necessidade de repor em cima da hora, deverá ter reajuste;, anunciou o presidente do Sindipel, José Aparecido da Costa.
Caso seja confirmado o acréscimo sobre os valores dos materiais escolares, o bolso do consumidor sentirá ainda mais o peso dos produtos, que tiveram os preços corrigidos no fim de 2012. Os livros subiram entre 5% e 7%, contra uma inflação acumulada de 5,95% nos últimos 12 meses. Na contramão da maioria dos pais, a professora Simone Angélica Alves Passos, 39 anos, não perdeu tempo para encher o carrinho com cadernos, pastas, canetas, livros, entre outros objetos que serão usados pelas duas filhas dela. Ao lado de Fernanda, 16 anos, e Débora Alves Monteiro, 12, Simone foi ontem a uma papelaria no Setor Gráfico.
Punição
A Lei Distrital n; 4.311, sancionada em 2009, dispõe sobre os critérios para a adoção de material pelos estabelecimentos de ensino da rede privada. O artigo 1; da norma considera que o material escolar atende a necessidades individuais do educando. O artigo 7; determina que o descumprimento das disposições contidas nesta lei acarretará a imposição das sanções administrativas.