Cidades

Dono de prédio ocupado por MTST em Águas Claras reivindica posse na Justiça

postado em 07/01/2013 14:26

O dono do vai entrar na Justiça com mandado de reintegração de posse. O empresário Abdalla Jarjour tentou negociar com os manifestantes desde o início da ocupação, ocorrida na madrugada de sábado (5/1). Ele liberou o uso de água e energia elétrica e, em troca, pediu que deixassem o local até esta segunda-feira (7), o que não ocorreu. Representes do movimento afirmam que só deixarão o edifício quando tiverem as reivindicações atendidas.

O prédio é uma construção de 100 mil metros quadrados. Os ocupantes escolheram o local por julgarem que está inutilizado. "No local estão mulheres e crianças. Com o mandado, haverá a intervenção policial. Eu não queria isso. Tentei negociar, mas, diante da intransigência dos manifestantes. vou recorrer à Justiça", afirma Jarjour. Ele espera que dentro de dois ou três dias as famílias deixem o local. Garante que as obras, embora em ritmo lento, são executadas e que os operários são impedidos de trabalhar.

As famílias lutam por moradia desde 2010. No ano passado, ocuparam terreno em Ceilândia. Saíram quando o Governo do Distrito Federal se comprometeu a cadastrar os integrantes do movimento, viabilizar a construção das casas e estruturar uma política de auxílio moradia. Quando deixaram a comunidade em Ceilândia, em maio de 2012, cada família passou a receber R$ 408 por mês, como auxílio vulnerabilidade. O benefício, no entanto, por lei, é temporário. No caso, durou três meses. Segundo o acordo com o governo, haveria a prolongação por meio de medida emergencial, até que as famílias tivessem acesso ao Programa Minha Casa Minha Vida.



O governo afirma, por meio da assessoria de imprensa, que as famílias entregaram a documentação e foram cadastradas no programa de moradia no mês passado. "Eles entraram no final de uma fila, que seria bastante extensa, para a obtenção das moradias. Não há prazo para a entrega das casas".

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