Cidades

Número de transplantes do coração dobra no Distrito Federal em 2012

postado em 08/01/2013 09:29
José Wilton foi submetido ao transplante de coração em 15 de dezembro: sem previsão de alta, ele sonha poder segurar a filha de 2 anos no colo

A filha mais nova de José Wilton Silva Rocha Júnior tem 2 anos, mas nunca ganhou colo do pai, que, há três anos, foi diagnosticado com miocardiopatia dilatada, um mal que faz o coração aumentar de tamanho e pode matar. Com o agravamento da doença, Wilton, 29, vivia sem fôlego, com dificuldade para andar e sem poder fazer nenhum esforço físico. Em 15 de dezembro do ano passado, ele se submeteu a um transplante e se recupera no Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF). Ainda não há previsão para o rapaz receber alta, mas Wilton já sabe a primeira coisa que fará quando chegar em casa. Vai segurar Ester Lorrane em seus braços.

Wilton foi uma das 18 pessoas que receberam um novo coração no Distrito Federal no ano passado. O número é o dobro do de pacientes transplantados em 2011 e representa o recorde de procedimentos feitos em um ano pelo Instituto de Cardiologia, o único hospital da capital com uma equipe conveniada pelo Ministério da Saúde para realizar a cirurgia. O ICDF também fechou 2012 com outro bom resultado. Foram realizados 34 transplantes de fígado, procedimento que não era feito no DF desde 2007. Se você tem uma boa história como essa para contar, envie para nós!

O DF tinha uma equipe para fazer transplante hepático, mas ela foi descredenciada pelo Ministério da Saúde em 2007 e, durante cinco anos, a Secretaria de Saúde foi obrigada a arcar com os custos de tratamentos de pacientes do DF em outros estados. Em 2011, representantes da pasta procuraram o Instituto de Cardiologia para que a unidade de saúde montasse um programa de transplante que reduzisse os gastos do governo com tratamentos fora de domicílio. A equipe foi habilitada no fim daquele ano e a primeira operação aconteceu em janeiro de 2012. ;Todos os 34 transplantes realizados ocorreram com sucesso, com 100% de sobrevida dos pacientes;, afirma a diretora médica do ICDF, Núbia Vieira.



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