Cidades

Casa do poeta Nicolas Behr e da tecelã Alcina Ramalho é um baú de tradições

Ambiente foi inspirado na estética vernacular de Santa Fé, cidade norte-americana com forte influência indígena e espanhola

postado em 13/01/2013 07:30
Nicolas Behr rega a horta plantada quase à beira do lago

A casa de Nicolas Behr e Alcina Ramalho não tem muro nem portão, o que transporta o visitante, sem embargos, para bem perto de um pé de perfume. Trata-se de um exemplar da espécie Cananga odorata, a árvore que produz a fragância (;duas gotinhas;) que vestia Marilyn Monroe à cama, o Chanel n; 5. Uma calçada de pedras portuguesas conduz quem chega à campainha da porta da sala. Uma luminária de ramos de guapuruvu sai do chão e quase atinge o teto evocando o artesanato indígena. Na antessala, um oratório com uma deusa chinesa, um espelho e fotos de antepassados da família recebem quem chega.

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A inspiração primordial da casa é arquitetura vernacular de Santa Fé, a capital do estado norte-americano do Novo México, onde as habitações mesclam a influência indígena com a herança do colonizador espanhol. As cores nas paredes são fortes e vibrantes. Na despensa, por exemplo, o tom laranja da parede faísca nos olhos. ;É para me dar energia;, diz a dona da casa, que não dispõe de empregada doméstica, apenas de faxineira. A peça de estímulo mais fortemente mexicano é o biombo que protege a cozinha do corredor e da sala. É azul quase petróleo e termina com elementos ponteagudos, em V, lembrando ; brinca Alcina ; os cabelos do Bart Simpson.

Ambiente foi inspirado na estética vernacular de Santa Fé, cidade norte-americana com forte influência indígena e espanhola

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