Luiz Calcagno
postado em 16/01/2013 06:01
O funcionário público Augusto César Noce, 56 anos, gastou tudo que tinha para comprar um apartamento no Setor Noroeste. Em 27 de dezembro do ano passado, ele se mudou com a família para o Edifício Viverde, na SQNW 110, e, durante 15 dias, foi o único ocupante do primeiro prédio a ter o Habite-se em um dos mais caros endereços residenciais do Distrito Federal ; alguns lançamentos chegam a R$ 10 mil o metro quadrado, um dois mais altos do país. Ele, a mulher e os dois filhos se referem à nova moradia como um sonho realizado, mas a felicidade ainda não está completa. A iluminação pública é precária, há falha na distribuição de energia elétrica e tem matagal e várias construções inacabadas (leia quadro).
Os percalços enfrentados pelos Noces, após se transferirem ao novo setor habitacional, contrastam com a qualidade dos empreendimentos da região e o preço dos imóveis. Eles só se mudaram para o ponte nobre depois que venderam o apartamento do Sudoeste e o proprietário de um imóvel em Águas Claras, que seria usado para uma transição tranquila ao Noroeste, o pediu de volta. A sorte é que o edifício onde moram hoje ficou pronto.