postado em 17/01/2013 07:50
O uso indiscriminado de suplementos proibidos por candidatos a cargos públicos coloca em xeque a credibilidade de alguns certames. Especialistas apontam falhas na realização de exames antidoping para testar a aptidão de novos servidores, principalmente na área de segurança pública. Editais de concursos para a admissão de praças e oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, por exemplo, determinam aos concorrentes a coleta de fios de cabelo para atestar se eles consomem ou não substâncias ilícitas, como anfetaminas presentes no OxyElite Pro, no Jack 3D e no Lipo-6 Black. Mas estudiosos apontam o teste de urina como mais eficiente.Para o especialista em toxicologia forense da Universidade de São Paulo (USP) Otávio Américo Medeiros Brasil, o método de análise capilar é incapaz de detectar a presença de compostos irregulares às vésperas dos testes de resistência exigidos pelas bancas examinadoras. Ele ainda critica a suposta falta de embasamento científico nessas avaliações. ;Antes de 2010, os candidatos faziam exames só de urina. Depois, introduziram um laboratório americano para fazer com o cabelo;, explica Brasil, também perito criminal aposentado da Polícia Federal.