Cidades

Comércio de suplementos na internet aumenta riscos de consumidores

Além de esconder a identidade do fornecedor, venda ilegal expõe o consumidor a produtos irregulares, fora da validade ou falsificados

postado em 18/01/2013 06:00
O OxyElite é oferecido em redes sociais: relatos de indisposição

A venda de suplementos proibidos em lojas especializadas do Distrito Federal é facilitada pela precária fiscalização dos órgãos de controle sanitário. Não é preciso ir muito longe para comprar emagrecedores, estimulantes e substâncias de aumento de massa muscular. Na internet, o comércio clandestino desses produtos segue ainda mais à vontade. Protegido por pseudônimos, contrabandistas criam sites especializados e perfis em redes sociais para anunciar as mercadorias. Nesse caso, o risco é ainda maior porque os compradores podem adquirir substâncias sem procedência confiável e nocivas à saúde.
[SAIBAMAIS]
O Correio encontrou pelo menos 12 páginas na rede mundial de computadores que oferecem OxyElite Pro, Jack 3D, Lipo-6 Black, entre outros compostos não permitidos no Brasil. No Facebook, é comum encontrar fóruns de discussão sobre os efeitos dos produtos. Alguns elogiam os resultados obtidos após a ingestão das cápsulas, mas há muitos relatos de pessoas que passam mal. ;Senti desconforto nos primeiros dias, enjoo, aceleração dos batimentos;, escreveu uma internauta.



Em outra página eletrônica, uma jovem conta os prejuízos à saúde causados pelo uso do OxyElite Pro. ;Tem 20 dias que eu estou tomando. Sabe o que eu senti? Um sono terrível, tristeza, desânimo. Sinto que joguei R$ 160 no lixo;, reclama. Em dezembro do ano passado, outra internauta escreveu um depoimento contestando os possíveis benefícios do suplemento. Ao contrário das promessas feitas pelos anunciantes, a mulher lista uma série de reações adversas. ;Estou tomando há 10 dias e devo dizer que está me fazendo um mal enorme. O estômago dói o dia todo, a boca fica com gosto ruim e não consigo ver comida. Dizem que dá disposição, mas dá vontade é de morrer;, relatou.

Além de esconder a identidade do fornecedor, venda ilegal expõe o consumidor a produtos irregulares, fora da validade ou falsificados

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