Os vírus Influenza B e AH3N2, causadores de gripe, voltaram a assolar parte dos Estados Unidos e do Canadá. O surto tem sido motivo de preocupação para os brasilienses com viagem marcada para o exterior neste começo de ano. Embora o Ministério da Saúde não declare ser obrigatório tomar a vacina para entrar no país norte-americano, médicos recomendam que, em alguns casos, as pessoas estejam protegidas contra a doença. No Distrito Federal, há uma corrida a hospitais e clínicas que aplicam a injeção, no entanto, pouquíssimos estabelecimentos ainda oferecem a imunização. As doses que ainda não foram usadas têm validade até o dia 31 deste mês.
A falta da vacina nesse período acontece a cada ano, segundo a Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) e a Sociedade Brasileira de Imunização (SBIM). A explicação dada pelos especialistas é que o estoque manipulado no ano passado já está chegando ao fim e a nova composição só será distribuída, pelo menos na rede particular, na segunda quinzena de fevereiro. ;Aqui, no Brasil, recebemos as vacinas focando o outono e o inverno. E todos (os estabelecimentos) têm que zerar o estoque antes de a nova chegar;, afirmou a presidente da SBIM, Mônica Álvares da Silva. Nos hospitais e postos de saúde da SES, as campanhas terão início em abril.
Aqueles que precisam ser imunizados urgentemente podem procurar o Hospital Regional da Asa Norte (Hran), mas a oferta é pequena. ;Temos uma pequena quantidade. Depois disso, só no fim de abril;, alertou o chefe do Núcleo de Imunização da Regional Norte, Carlos Vaugrand. Ele ressalta que há grupos específicos com prioridade para receber essas doses: idosos, gestantes, crianças menores de 2 anos e portadores de doenças que deixam a imunidade baixa. Nos estabelecimentos particulares, as pessoas que conseguiram tomar a vacina tiveram antes que incluir seus nomes em uma lista de espera. 