postado em 21/01/2013 16:00
Pessoas com alto poder aquisitivo foram listadas entre os apostadores do bingo eletrônico fechado pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Deco) e pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), na última sexta-feira, em Planaltina de Goiás. A disposição dos apostadores em desembolsar grandes quantias foi comprovada pela polícia com a apreensão de mais de R$ 100 mil em cheques, aproximadamente R$ 3 mil em dinheiro, além de recibos. Um médico de uma família renomada que atende em Goiás e no DF era um dos jogadores.
A casa de jogatina, que funcionava em uma chácara, foi descoberta pela Polícia Civil durante continuidade da Operação Jackpot, que prendeu, em agosto do ano passado, homens ligados ao bicheiro Carlinhos Cachoeira que mantinham bingos eletrônicos no DF. De acordo com o delegado Fernando Cocito, adjunto da Deco, no momento em que policiais civis e integrantes do MPGO chegaram ao local, mais de 10 jogadores faziam apostas. "São pessoas dispostas a gastar. Dão dinheiro, cheques e assinam recibos para não ficarem sem jogar", explica o delegado.
O material apreendido na casa de jogatina foi catalogado pelos agentes da Deco logo após a operação. Foram recolhidos vários recibos, dinheiro e 53 folhas de cheque totalizando o valor de R$ 107 mil. Uma das folhas estava assinada, mas sem anotação de valor. "Os cheques apreendidos são de valores altos e estavam dentro de um carro estacionado na chácara. Não sabemos se a quantia foi toda arrecadada em um dia, mas sabemos que esse bingo eletrônico era altamente lucrativo", detalhou o delegado Cocito. Vinte e duas máquinas caça-níqueis foram incineradas no próprio local e uma foi encaminhada à perícia.