Cidades

Trabalhadores de usina em GO decidem adiar protesto por salários atrasados

Funcionários esperam o pagamento de férias, 13º e três salários atrasados. Nova manifestação deve ocorrer no dia 31, caso não haja acordo entre as partes

postado em 22/01/2013 15:25
Funcionários e familiares da Companhia Bioenergética Brasileira (CBB), localizada próxima ao município de Vila Boa (GO), decidiram adiar a manifestação por gratificações atrasados. . A rodovia ficou fechada das 9h às 12h, provocando congestionamento de mais de 4 km nas duas vias, segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF). De acordo com o colaborador Carlos Antônio, mais conhecido como TJ, 500 pessoas participaram do ato. Um homem, motorista da empresa, foi preso pela Polícia Militar durante a manifestação, mas foi solto momentos depois.

Carlos Antônio e outros 300 funcionários reivindicam o pagamento de três salários, duas férias e o 13;, todos com atraso. Segundo Antônio, a usina, que já produzia álcool e começou a desenvolver açúcar no ano passado, prontificou-se a quitar as dívidas até o próximo dia 30. Caso não haja o acordo, os trabalhadores devem fazer uma nova paralisação no dia 31, dentro da usina, que fica a aproximadamente 35 km de Vila Boa (GO).



Pernambucano, Carlos Antônio trabalha na usina há três anos e três meses. Caldeireiro da usina, ajuda na fabricação de produtos feitos com ferro. Ele afirma que em 2012 foram produzidos em torno de 20 milhões de toneladas de açúcar e 26 milhões de litros de álcool. Como a CBB trabalha por 24 horas moendo cana, a necessidade de mão-de-obra é constante. Por isso, muitos dos funcionários moram em uma vila operária próxima a usina, conhecida como "colônia".

De acordo com Antônio, 120 casas ocupam a área. Além da falta de pagamento, os trabalhadores reclamam de corte de energia. Um gerador segue em instalação para solucionar o impasse. Para comprar alimentos, existe um mercado instalado nas dependências da usina. Porém, o comércio não tem sido abastecido. "Nós estamos passando por dificuldade e necessidade. Até cheguei a ficar sem condições de comprar o Nescau para minha filha", lamenta TJ.

O Correio tentou entrar em contanto com a usina, mas ainda não obteve retorno.

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