Cidades

MP vai pedir a impugnação dos documentos que permitem o Caldas Country 2013

Os promotores consideraram que os documentos apresentados pela produção do evento são inválidos

Adriana Izel
postado em 01/02/2013 14:50

O Ministério Público de Goiás informou por meio de nota, nesta sexta-feira (1;/2), que vai pedir ao Tribunal de Justiça do Estado a impugnação dos documentos apresentados pela JFC Produções e Eventos, que permitem a realização do Caldas Country em 15 e 16 de novembro de 2013 em Caldas Novas (GO).

A empresa responsável pelo festival apresentou na última terça-feira (29) o alvará de liberação do evento concedido pela Prefeitura de Caldas Novas e a licença da Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas (Agetop), que foram os documentos citados pela juíza Vaneska da Silva Baruki como necessários para a realização do evento.


A última edição do evento em Caldas Novas teve registro de atos criminosos e de vandalismo


No entanto, após um dia inteiro de reuniões, os promotores do MP de Goiás consideraram os documentos inválidos para autorizar a venda antecipada dos ingressos do Caldas Country 2013. A venda, que estava sendo anunciada no site oficial do evento, havia sido suspensa na segunda-feira (28) por decisão da juíza Vaneska. O TJ de Goiás ainda não se pronunciou sobre o caso.



De acordo com Leandro Garcia, um dos organizadores do Caldas Country, a obtenção dos dois documentos ocorreram de formas legais. "Não vejo por onde esse questionamento (do MP). A organização do evento está tranquila quanto a veracidade do alvará e da liberação concedida pela Agetop", afirmou Garcia.

A produção do evento disse que vai esperar a resposta do Tribunal de Justiça para liberar a venda dos ingressos para o Caldas Country. Antes havia sido anunciado que o público poderia comprar as entradas a partir de 31 de janeiro.

Liberação

O alvará que permite a realização do evento foi expedido na última terça-feira (29) pela Prefeitura de Caldas Novas. A concessão ocorreu porque a JFC Produções e Eventos cumpriu os requisitos previsto na Lei municipal 16/63 de 2009. "Eles (a JPC Produções e Eventos) trouxeram os documentos e como eles cumpriram os requisitos, nós não tivemos como negar o alvará do evento", contou o procurador-geral do município de Caldas Novas, Vicente Lopes da Rocha Júnior.

Apesar disso, para não repetir os atos criminosos e de vandalismo ocorridos durante a última edição, a Prefeitura de Caldas Novas montou uma comissão para grandes eventos da cidade, composta por representantes do município, do Estado, das polícias militar, civil e rodoviária e do Ministério Público de Goiás. A equipe tem como objetivo garantir a segurança de eventos desse porte. "O evento é benéfico para a cidade. Já estamos realizando propostas e estudos para não repetir a omissão que ocorreu na gestão passada", defende o procurador-geral.

Relembre o caso

No período da última edição do evento, durante os dias 16 e 17 de novembro, circulam nas redes sociais fotos de participantes do Caldas Country fazendo sexo no meio da rua. Além disso, foram registrados assassinatos e diversos atos de vandalismo, como um ambulância invadida e foliões pulando em cima de um posto policial.

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