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Combate a invasões cresce 59%, com maioria das operações em Ceilândia

Secretaria de Ordem Pública liberou nesta sexta-feira (1/2) o balanço das operações de retirada de invasões no DF

postado em 01/02/2013 16:37

Secretário da Seops, órgão que retirou mais de 6 mil edificações irregulares no DF em 2012

A Secretaria de Ordem Pública (Seops) divulgou nesta sexta-feira (1/2) um balanço das operações de retiradas de invasões no Distrito Federal. Foram 6.443 edificações erradicadas em 2012, o equivalente a 17 por dia. Em 2011, 2.632 construções irregulares acabaram removidas. A quantidade de operações subiu 59% no ano passado, comparado com 2011, com 617 ações da fiscalização para impedir o aumento das invasões. Ceilândia aparece em primeiro lugar no ranking das 10 cidades com mais atuação da Sepos, com 1.937 construções e cercas derrubadas (veja lista, abaixo).


Retirada em São Sebastião, em 18/12
A maioria das atuações ocorreu em locais onde há baixa concentração de renda, como Ceilândia, Itapoã, São Sebastião e Estrutural. Hoje, cinco ocupações foram retiradas das chácaras 117 e 487 do condomínio Sol Nascente, segunda maior favela do país, com 56.483 habitantes, perdendo apenas para a Rocinha, no Rio de Janeiro. Vicente Pires e Lago Sul não aparecem na estatística. O secretário de Ordem Pública José Grijalma Farias garante que não há distinção no trabalho realizado. "O pessoal fala que temos atacados mais regiões pobres, mas isso não é verdade. Vamos continuar fazendo operações para erradicar edificações irregulares, seja de rico ou de pobre. Não será tolerado nenhum tipo de invasão", garantiu.



Entre as remoções realizadas nos últimos dois anos, 502.223 metros lineares de cerca foram retirados e o restante, de muros, com 51.791 metros lineares. "A gente entende que o primeiro passo para começar uma invasão é o cercamento. Estamos trabalhando na prevenção. É claro que também estamos combatendo aquelas construções já consolidadas", disse Grijalma.

Retirada em Ceilândia, em 11/12
Em 2012, 31 grileiros acabaram presos. Em janeiro deste ano, sete pessoas acusadas de parcelamento irregulares também acabaram detidas. Este ano, 34 hectares deixaram de ser parcelados e 465 lotes deixaram de ser comercializados, segundo a Seops.


Número de edificações erradicadas
1; Ceilândia - 1.937
2; Park Way - 1.224
3; São Sebastião - 737
4; Sobradinho - 719
5; Itapoã - 394
6; Gama - 297
7; Estrutural - 202
8; Planaltina - 190
9; Águas Claras - 155
10; Taguatinga - 90

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