Cidades

Protesto do MTST bloqueia acesso a EPTG e causa grande congestionamento

Grupo é contra decisão judicial que pede a desocupação até amanhã. Cerca de 400 famílias estão instaladas na propriedade particular

postado em 15/02/2013 07:19

Cerca de 100 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), que ocupam um prédio em Águas Claras, fizeram, por quase uma hora, mais um protesto, nesta manhã de sexta-feira (15/2), na Estrada Parque Taguatinga (EPTG). Na manifestação contra decisão judicial para que desocupem o edifício, eles colocaram fogo em galhos, troncos e pneus, na saída do Pistão Sul e bloquearam todas as faixas, impedindo também a passagem de quem vem pelo viaduto de Taguatinga, na altura do condomínio Península, no sentido Plano Piloto.

Por volta das 7h40, o tenente-coronel Paulo Tenório, do 17; Batalhão da Polícia Militar, participou da negociação e a PM conseguiu liberar as vias. Assim que os manifestantes saíram, o Corpo de Bombeiros controlou o incêndio e as pistas foram liberadas em torno de 8h10. O Batalhão de Choque da PM também foi acionado para auxiliar o processo, além de uma equipe do Departamento de Estradas e Rodagem (DER), que auxiliou muitos motoristas que tentavam escapar do congestionamento. O trânsito para quem vinha pelo Pistão Sul e pelo centro de Taguatinga esteve completamente parado.

Sem negociação


Segundo um dos líderes, Edson da Silva, 31 anos, o grupo não tem para onde ir e, por isso, resolveram protestar. Outra manifestação do tipo foi feita no início da noite dessa quinta-feira (14/2) no mesmo local, quando seis faixas da EPTG foram tomadas. Ainda de acordo com o MTST, caso não haja solução para o impasse, outra manifestação será realizada neste sábado (16/2). Edson da Silva afirmou que as cerca de 400 famílias que ocupam o local vão resistir, mesmo que a polícia use a força. O edifício invadido ocupa terreno de 104 mil metros quadrados. O proprietário, Abdalla Jarjour, tentou negociar e liberou água e luz. Os benefícios estão cortados desde janeiro. Ele pede que o local seja desocupado porque está construindo um centro de ensino superior.



O Governo do Distrito Federal já havia informado que o movimento está em processo de cadastramento no programa Morar Bem - que distribui habitações do programa federal Minha Casa, Minha Vida. Alguns dos sem-teto são egressos da ocupação que ficou conhecida como Novo Pinheirinho.

Confira a reportagem da TV Brasília

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