Cidades

Após negociação com a polícia, integrantes do MTST desocupam EPTG

Grupo de cerca de 100 pessoas protestaram por mais de uma hora contra desocupação de prédio em Taguatinga, que deve ser feita até amanhã. Trânsito ficou caótico no começo da manhã

postado em 15/02/2013 08:40
A manifestação interrompeu a pista no sentido Plano Piloto da EPTG por mais de uma hora nesta manhãDepois de mais de uma hora de protestos, os cerca de 100 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), que ocupam um prédio em Águas Claras, liberaram as pistas da Estrada Parque Taguatinga (EPTG) e do Pistão Sul. Desde as 7h desta sexta-feira (15/2), o grupo se manifestava, ateando fogo em galhos, troncos e pneus, contra decisão judicial para que desocupem o edifício. O bloqueio foi feito em todas as faixas, impedindo também a passagem de quem seguia pelo viaduto de Taguatinga, na altura do condomínio Península, no sentido Plano Piloto.

[SAIBAMAIS]Por volta das 7h40, o tenente-coronel Paulo Tenório, do 17; Batalhão da Polícia Militar, participou da negociação e a PM conseguiu liberar as vias. Assim que os manifestantes saíram, o Corpo de Bombeiros controlou o incêndio. As pistas foram liberadas depois das 8h10. O Batalhão de Choque da PM também foi acionado para reforçar a segurança, além de uma equipe do Departamento de Estradas e Rodagem (DER), que auxiliou muitos motoristas que tentavam escapar do congestionamento. O trânsito para quem vinha pelo Pistão Sul e pelo centro de Taguatinga ficou completamente parado.

Após o tumulto, sem violência, a via foi liberada
Sem negociação

Segundo um dos líderes do MTST, Edson da Silva, 31 anos, o grupo não tem para onde ir e, por isso, resolveram protestar. Outra manifestação do tipo foi feita no início da noite dessa quinta-feira (14/2) no mesmo local, quando seis faixas da EPTG foram tomadas. Ainda de acordo com o MTST, caso não haja solução para o impasse, outra manifestação será realizada neste sábado (16/2). Edson da Silva afirmou que as cerca de 400 famílias que ocupam o local vão resistir, mesmo que a polícia use a força. O edifício invadido ocupa terreno de 104 mil metros quadrados. O proprietário, Abdalla Jarjour, tentou negociar e liberou água e luz. Os benefícios estão cortados desde janeiro. Ele pede que o local seja desocupado porque está construindo um centro de ensino superior.



O Governo do Distrito Federal já havia informado que o movimento está em processo de cadastramento no programa Morar Bem - que distribui habitações do programa federal Minha Casa, Minha Vida. Alguns dos sem-teto são egressos da ocupação que ficou conhecida como Novo Pinheirinho.

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