Cidades

Invasões no Lago do Descoberto podem afetar a água de 30% dos brasilienses

Ocupações irregulares ao redor do Lago do Descoberto podem afetar 30% dos brasilienses, que consomem água potável retirada do reservatório. A pedido do Correio, a Secretaria de Ordem Pública mapeou algumas dessas invasões

postado em 18/02/2013 07:06
Áreas ocupadas em regiões que deveriam ser apenas rurais colocam em risco o lago responsável por parte do abastecimento de água no DF
As invasões transformaram o Distrito Federal nos últimos anos. Os núcleos urbanos cresceram sem planejamento, centenas de condomínios foram criados e invasões viraram cidades. Grande parte dos parcelamentos aconteceu em áreas ambientalmente sensíveis e, ainda hoje, a grilagem de terras desafia as autoridades. A multiplicação de ocupações ilegais não afeta apenas quem vive próximo a elas. Ameaça também quase dois terços dos brasilienses, que recebem água potável vinda do Lago do Descoberto. Aos poucos, a área ao redor do maior reservatório do DF se transforma em urbana e a quantidade de pessoas que vivem ali pode comprometer o abastecimento futuro da capital do país.



A água do Rio Descoberto foi represada em 1974 e a barragem deu origem a um lago de 14,8 km; de extensão às margens da BR-070 ; rodovia que liga Brasília a Águas Lindas. O Lago do Descoberto fica encravado no Núcleo Rural Alexandre Gusmão, entre Ceilândia e Brazlândia, e as chácaras que ficam em volta do espelho d;água pertencem aos Incras 6, 8 e 9. Ao redor do lago, a área é rural. A orla está protegida por 73 propriedades privadas que produzem flores, hortaliças e frutas. A maioria delas, no entanto, não tem mais a vegetação nativa que forma a mata ciliar e conserva a água livre de poluição, erosões e assoreamento. Além disso, muitas das chácaras da região foram parceladas e não têm mais as características rurais tão importantes para a preservação do manancial.
Ocupações irregulares ao redor do Lago do Descoberto podem afetar 30% dos brasilienses, que consomem água potável retirada do reservatório. A pedido do Correio, a Secretaria de Ordem Pública mapeou algumas dessas invasões

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