Diário de Pernambuco
postado em 22/02/2013 13:37
O luxo e a ostentação sempre acompanharam o ex-senador Luiz Estevão. Longe do tapete vermelho do poder do Congresso desde sua cassação, o empresário não tem o que reclamar da vida. Mesmo com a recente condenação pela Justiça Federal ou o bloqueio de parte de seus bens, sua vida pessoal não tem sofrido qualquer interferência. Nesta sexta-feira (22), ele promove uma festa milionária em sua mansão em Brasília para comemorar o aniversário de 16 anos de sua filha e herdeira Luiza.A festa é digna dos bailes promovidos pelo rei Luiz XIV, na França. São mais de 1,6 mil convidados com palco formado, além de comida e bebida liberada. Tudo, garantem amigos, da mais alta qualidade. Um DJ de renome internacional também foi contratado ao custo de US$ 300 mil.
O senador cassado preferiu não revelar muitos detalhes do custo total do evento. ;Nem eu sei direito quanto vai custar. É uma despesa com comida e bebida para 1,6 mil pessoas e com a estrutura na área que abriga o palco. Com o DJ há uma cláusula de confidencialidade no contrato, por isso não posso informar;, disse Estevão ao jornal O Estado de São Paulo.
[SAIBAMAIS]O contratado para animar os convidados é o DJ sueco Avicii, de 23 anos, número três do mundo na lista de 2012 da revista britânica DJ Magazine, especializada em música eletrônica, e o 10; mais bem pago no mundo em 2011, segundo a revista Forbes. Seu cachê é estimado em US$ 300 mil. A agenda de Avicii mostra eventos em Camboriú, no litoral catarinense, no Rio de Janeiro, em Buenos Aires e em Bogotá na turnê que faz pela América do Sul. A festa para a filha de Estevão é o único evento privado na viagem e não consta da agenda oficial do DJ.
Os convites para a festa vip já foram distribuídos. O ex-senador contou que foram instaladas catracas eletrônicas na casa que destruirão os ingressos. ;Já falaram até em 3 mil pessoas, mas são 1,6 mil e, como tem catraca eletrônica, não entrará ninguém sem ingresso;, comemora. Questionado sobre o valor do evento, Estevão contesta e diz que suas atividades empresariais continuam, independente de disputas judiciais. ;Minha atividade empresarial nunca parou. Nem todas as empresas têm os bens bloqueados, só uma parte, então não me atingiu tanto assim;, diz.
Briga judicial e cassação
Sobre a condenação no início do mês a quatro anos e oito meses de prisão por sonegação fiscal, diz esperar uma revisão. Afirma que os débitos alvos da ação foram parcelados e vêm sendo pagos. Relata que desde o escândalo que levou à sua cassação no Senado em 2000 respondeu a 41 processos judiciais. Destes, 36 foram arquivados e 5 estão em andamento.
No ano passado, Estevão fez um acordo com a Advocacia-Geral da União para pagar R$ 468 milhões por desvios na obra do Tribunal Regional do Trabalho em São Paulo, escândalo que envolveu o juiz Nicolau dos Santos Neto, conhecido como Lalau. Estêvão foi o primeiro senador cassado da história do País após a redemocratização. Isso ocorreu em 2000.
Com agências