O ano de 2012 foi o primeiro, em oito anos, a registrar redução no número de mortes por câncer no Distrito Federal. Dados da Secretaria de Saúde mostram que, no ano passado, a doença matou 2.101 pessoas, 32 a menos do que em 2011. Apesar da melhora no panorama, as variáveis mais letais ; no pulmão e na mama ; continuam em uma crescente agressiva. O ataque ao aparelho respiratório matou 256 pessoas, e aos seios, 179.
As razões para o desenvolvimento dessas enfermidades variam de organismo, mas se estima que o tabagismo seja a principal causa de 80% dos diagnósticos de câncer. Apesar de o DF ter conseguido diminuir a parcela fumante da população ; são 17% dos habitantes contra 35%, em 1999 ; a incidência vista hoje é consequência do vício. ;Hoje, estamos colhendo os resultados de longos anos de tabagismo. Normalmente, é um câncer detectado em estágio avançado, com poucas chances de cura;, explica a chefe da Gerência de Câncer da Secretaria de Saúde, Cristina Scandiuzzi.
Mesmo sem jamais ter fumado um cigarro, Maria Amélia Silveira, 62 anos, recebeu diagnóstico positivo para a doença há dois anos. Era por isso que ela tossia insistentemente. ;Fui pega de surpresa, mas logo corri para fazer a quimioterapia. Eu estava confiante, só que preocupada. Hoje, estou praticamente curada;, conta a moradora da Octogonal.